Conheça Laudelina de Campos Melo

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Ativista sindical e trabalhadora doméstica. Sua trajetória foi marcada pela luta contra o preconceito racial, subvalorização das mulheres e exploração da classe trabalhadora. Combateu a discriminação da sociedade em relação às empregadas domésticas, exigindo melhor remuneração e igualdade de direitos sociais. Sua atuação permitiu a regulamentação do emprego doméstico como fundadora do Sindicato das empregadas domésticas. (mais…)

MdV SP promove aula pública sobre violência sexual e cultura do estupro

MdV SP promove aula pública com Juliana Belloque. Será abordada a violência sexual e a cultura do estupro.

MdV SP promove aula pública sobre violência sexual e a cultura do estupro

O coletivo feminista Marcha das Vadias de São Paulo promove no próximo dia 26, às 14h, uma aula pública sobre violência sexual e a cultura do estupro, que será realizada por Juliana Belloque, defensora pública feminista que atua no Tribunal do Júri de São Paulo. Mestre e doutora em direito penal pela USP, ela integrou a comissão designada para elaborar o anteprojeto do novo Código Penal. A aula ocorrerá no Vale do Anhangabaú, sob o Viaduto do Chá.Na aula, serão abordadas as recentes modificações no Código Penal no capítulo sobre os crimes contra a dignidade sexual, que inclui estupro, violação sexual mediante fraude, assédio sexual e estupro de vulnerável. O que caracteriza esses crimes em termos legais e também políticos serão os enfoques de sua fala. Como atua a Defensoria Pública nesses casos e como o Judiciário vem enfrentando a questão também são aspectos a serem tratados pela profissional. Também será discutido como se configura e quais são as consequências da cultura do estupro, que responsabiliza a vítima pela violência sofrida, e que leva nossa sociedade a preferir amendrontar mulheres em vez de educar os homens a respeitá-las.

Nem sempre é fácil identificar uma situação de violência, principalmente as de caráter sexual em que há algum tipo de envolvimento com o agressor. Não somos educadas para defender e buscar a satisfação de nossos desejos sexuais. Diante de uma situação na qual nos sentimos obrigadas, coagidas, ameaçadas ou impedidas de expressar nosso desejo para satisfazer o desejo sexual de outra pessoa podemos estar diante de uma situação de violência.

A Marcha das Vadias de São Paulo acredita que o pessoal é político e por isso é preciso politizar inclusive o sexo. Debatê-lo publicamente, desvendar as situações de desconforto e medo que podem ser geradas a partir dessas relações, eliminar a naturalização que se faz de relação coercitivas, colaborar na compreensão de quando o sexo pode ser considerado uma violência. Por isso pedimos: tragam suas dúvidas, compartilhem seus relatos, para tornarmos a aula o mais dinâmica e esclarecedora possível.

 

 

Marcha das Vadias de São Paulo 2014

 

Essa aula pública faz parte da programação de atividades pré-Marcha das Vadias de São Paulo, que este ano tem como tema “Quem Cala Não Consente”. Segundo o Código Penal, toda prática sexual realizada sem consentimento é estupro. Se você não conseguiu dizer não, não significa que você consentiu. Quem cala não consente! Muitas vezes nós calamos por medo, vergonha, estado alterado de consciência, dor, violência física ou psicológica, ameaça, chantagem, doença ou enfermidade, dúvida, baixa auto-estima. A 4ª edição da Marcha das Vadias de São Paulo leva esse tema às ruas no dia 24 de maio de 2014, a partir do meio-dia, no vão livre do Masp.